5 Dicas para conservar a qualidade dos móveis por mais tempo

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Os móveis são elementos determinantes para a casa – afinal de contas, eles preenchem e dão volume aos ambientes, definindo a função que cada espaço terá. Assim, é importante que o morador se atente à qualidade dos itens, permitindo que eles apresentem sempre uma aparência nova e de cuidado e limpeza.
Algumas peças acabam sendo utilizadas de forma extensiva e, como consequência, podem apresentar marcas de uso. Mas é possível prolongar a sua vida útil com alguns truques.
Confira abaixo algumas dicas compartilhadas pelas arquitetas Debora Terra e Jessica Lucas, do Studio 92 Arquitetura, e Tania Grimaldi, à frente do ateliê de restauração Casa Grim.
1. Cuidado com o sol
Em primeiro lugar, é preciso proteger os móveis dos raios solares. "É fundamental evitar a exposição direta à luz solar intensa, pois isso pode causar desbotamento e danos aos materiais", falam as arquitetas. Cortinas ou persianas são bons investimentos para controlar a quantidade de luz que entra no ambiente.
A intensa exposição solar também pode prejudicar a saúde dos móveis, portanto vale investir em cortinas e persianas — Foto: Unsplash / Spacejoy / Creative Commons
2. Limpeza regular
Sujar os móveis devido ao uso rotineiro é comum, mas vale ficar atento para evitar o acúmulo de poeira e sujeira, pois isso pode desgastar os materiais ao longo do tempo.
"Realizar uma limpeza regular, utilizando produtos de limpeza adequados para cada tipo de superfície, ajuda a manter a mobília em boas condições", comentam Debora e Jessica.
Para a limpeza de móveis de madeira, utilize apenas um pano seco ou úmido enxuto — Foto: Freepik / Creative Commons
Tania orienta não utilizar nenhum tipo de produto químico ou abrasivo na madeira – use apenas um pano seco ou um pano úmido e enxuto. "Além disso, evite que crianças pulem em cima de móveis como sofás e poltronas. Não só pelos pés sujos, mas porque isso também pode estragar as molas internas", diz.
No caso dos estofados, Tania recomenda uma limpeza anual com empresas especializadas em lavagem deste tipo: "É a melhor forma de higienizar sofás e poltronas", fala.
Também é possível apostar no uso de aspirador de pó com bocal de escova, segundo as arquitetas do Studio 92, para remover a sujeira superficial e os resíduos soltos. "Em seguida, é possível utilizar produtos de limpeza específicos para estofados, seguindo as instruções do fabricante. Em caso de manchas difíceis, é importante buscar orientação profissional para evitar danos ao tecido", orientam.
3. Atenção à umidade
Cuidado com a água! A umidade pode ser uma ameaça à longevidade dos móveis. "Madeira não gosta de água, porque pode manchar. Depois da pandemia, temos usado muito álcool gel e spray, e isso também pode manchar o material", diz Tania.
Para evitar que a água entre em contato com o móvel, utilize sempre porta-corpos — Foto: Freepik / Creative Commons
Ela orienta sempre proteger a mobília a fim de evitar que a condensação atinja os itens. "Você pode utilizar descansos de copo, por exemplo. Se a água atingir a madeira, vai manchar. É algo que dá para resolver, mas apenas com restauração", informa.
4. Desgaste por movimentação
Ainda de acordo com Debora e Jessica, é recomendado tomar cuidado ao movimentar os móveis, evitando arrastá-los pelo chão. Em apartamentos pequenos, a situação pode ser ainda mais problemática, pois facilita que os mobiliários batam contra paredes ou outros objetos – o que pode causar arranhões e danos.
Movimentar os móveis dentro da casa pode acabar danificando a sua estrutura por causar arranhões — Foto: Freepik / DCStudio / Creative Commons
"Isso pode causar riscos e danos às pernas e pés. Utilizar feltros ou protetores nas extremidades dos móveis pode ajudar a prevenir esse tipo de dano", sugerem.
5. Mantenha o ambiente arejado
As maiores ameaças à longevidade estão relacionadas ao espaço limitado e às condições ambientais específicas. "Umidade excessiva e variações de temperatura podem afetar negativamente os móveis, especialmente aqueles feitos de madeira", afiram Debora e Jessica.
Outra medida válida é manter o ambiente arejado, pois a falta de ventilação pode ocasionar mofo e bolor — Foto: Unsplash / Francesca Tosolini / Creative Commons
Mas a falta de ventilação adequada também pode causar problemas, pois pode resultar no acúmulo de mofo e bolor, danificando os móveis. "É importante garantir uma circulação de ar adequada nos ambientes", elas completam.
Quando o móvel deve ser restaurado?
De forma geral, um mobiliário deve ser considerado para restauração quando apresentar danos estruturais significativos – como rachaduras, quebras ou deformações que afetem a sua funcionalidade.
"Se o móvel apresentar desgaste visível, como arranhões profundos, manchas persistentes ou desbotamento, a restauração pode ser uma opção para renovar sua aparência", aconselham as arquitetas.
Vale restaurar o móvel sempre que ele apresentar danos estruturais significativos — Foto: Freepik / Creative Commons
A decisão de restaurar um móvel também pode ser tomada com base nas preferências estéticas do morador. Segundo Tania, a maioria dos pedidos de restauração que chegam em seu ateliê ocorrem porque o proprietário deseja preservar uma peça que foi importante para ele ou sua família.
"É um item que carrega lembranças e que tem valor afetivo, e eu acho que deve ser cuidado com todo carinho e cuidado do mundo, porque representa muito mais do que um objeto. São memórias", diz.
Também há casos que a peça apresenta valor comercial, geralmente porque foi assinada por designers importantes, e aí se deseja preservar o valor de mercado.
Mas também pode ocorrer do morador trocar o estilo ou a decoração do espaço, e a restauração vem como uma solução para atualizá-lo e garantir sua integração harmoniosa no ambiente.
"Em geral, recomenda-se consultar um profissional especializado em restauração de móveis para avaliar as condições e fornecer orientações adequadas sobre o processo e os cuidados necessários para prolongar a vida útil do móvel restaurado", recomendam Debora e Jessica.
Fonte: revistacasaejardim.globo.com