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5 dicas para escolher o adubo adequado para suas plantas

5 dicas para escolher o adubo adequado para suas plantas

Imagem de rawpixel.com no Freepik

 

Uma das lições aprendidas com a pandemia de Covid-19 é a importância do convívio com a natureza. Por isso, muitos Síndicos e síndicas têm investido em paisagismo e jardinagem e muitos moradores têm cultivado plantas em vasos.

Mas não basta aguar as plantas. É necessário comprar adubos, para garantir a boa nutrição das espécies, para que fiquem mais vistosas e possam florescer. A adubação é essencial para qualquer planta.

Além disso, nos últimos anos, aumentou muito o número de adubos no mercado. Daí a importância de entender mais o assunto.

Para isso, o engenheiro agrônomo Augusto Yukitaka Pessinatti Ohashi,  doutor em Agricultura Tropical e Subtropical e docente da  FAAGROH (Faculdade de Agronegócios de Holambra) dá dicas valiosas aos moradores de Condomínios.

Segundo o engenheiro agrônomo, os adubos devem seguir as normativas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que estabelece os níveis de garantias das características físicas e químicas dos fertilizantes. Por isso é importante selecionar adubos que tenham o selo de aprovação do Ministério.

Um dos aspectos que as pessoas devem considerar é o  NPK, ou seja, a proporção de Nitrogênio, Potássio e Fósforo existente nas formulações dos adubos.

Segundo o professor, cada nutriente tem uma função específica e a proporção de cada um deles no adubo vai determinar o efeito geral.

“Por isso é importante se atentar não só na concentração do nutriente, mas na proporção dos nutrientes que compõem o adubo. Hoje há no mercado formulações prontas para cada fase de desenvolvimento de algumas plantas”, explicou Ohashi .

 

Diferença entre adubos orgânicos e químicos

Na verdade, todos são químicos, pois todos são compostos de átomos. A diferença é que alguns são provenientes de origem orgânica, tais como os compostos, por isso são denominados orgânicos.

“Já outros são obtidos de fontes minerais ou de processos industriais com processos físico-químicos de extração e fixação, daí a denominação equivocada de “químicos”, explicou.

Além da diferença de origem, geralmente os adubos minerais são mais solúveis e por isso disponibilizam os nutrientes mais rapidamente; enquanto que os orgânicos disponibilizam os nutrientes mais lentamente, porém por mais tempo, resultando em maior efeito residual.

 

Compra de adubos deve levar em consideração necessidades das plantas

O engenheiro agrônomo informa que cada planta tem suas peculiaridades, como diferentes exigências nutricionais e diferentes fases de desenvolvimento.

“Atualmente há no mercado produtos específicos para algumas espécies, o que facilita o seu uso. No entanto, é possível usar diferentes tipos de adubos para praticamente todas as plantas, desde que respeitando suas peculiaridades, o que torna isso mais dificultoso”, mencionou.

 

Qual deve ser a periodicidade da adubação

De acordo com o professor universitário, a periodicidade depende da espécie e da fase fenológica (etapa do desenvolvimento, como germinação, florescimento ou frutificação, por exemplo) na qual se encontra.

“Geralmente, quanto menor a dose e mais frequente for, melhor, assim há menor chance de desperdício do adubo, pois se fornece pouco a pouco o nutriente para a planta. Na maioria das vezes, a frequência semanal se ajusta bem à maioria das plantas”, explicou Ohashi.

 

Concentração de nitrogênio deve ser baixa para evitar proliferação de pragas

O professor explicou que a planta não consegue absorver e assimilar (processar) grandes quantidades de uma única vez de nitrogênio, por isso, é preferível aplicar pequenas doses, mas com frequência, do que grandes doses com pouca frequência.

“Dessa forma, a planta tem tempo para absorver e incorporar os nutrientes na sua estrutura, o que tende a diminuir o ataque de cochonilhas e pulgões”, mencionou.

 

Seguir sempre as dicas do fabricante

Se possível, adquirir adubos especificamente formulados para a planta em questão e seguir a recomendação de uso fornecida pelo fabricante.

Quando isso não for possível, pode-se utilizar fertilizantes formulados “genéricos”, mas com o cuidado de, caso não haja recomendação desse adubo para sua planta, usar pequenas doses, aplicadas uma a duas vezes por semana.

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