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Síndico profissional: o que é e como funciona a contratação desse serviço?

Síndico profissional: o que é e como funciona a contratação desse serviço?

Imagem de Freepik

 

Administrar um condomínio não costuma ser uma tarefa fácil. Afinal, há diversos aspectos e situações para lidar, gerenciar e resolver. Por conta disso, nem sempre há condôminos interessados em atuar como síndico. Ou, se há, nem sempre as pessoas envolvidas têm capacidade para exercer a função.

Nesse contexto, a contratação de um síndico profissional pode ser uma solução para se considerar. Isso porque uma pessoa especializada poderá fazer a administração do condomínio de modo a tornar esse trabalho mais adequado e eficiente.

Quer saber mais sobre a figura do síndico profissional e como funciona a contratação desse tipo de serviço? Então não deixe de acompanhar as informações a seguir!

 

O que é um síndico profissional?

O síndico profissional é um indivíduo responsável por administrar um ou mais condomínios. Desse modo, ele assume diversas responsabilidades, como tomar decisões importantes, organizar reuniões e zelar pelo bem-estar dos moradores.

Normalmente, em um condomínio, a escolha de um síndico é feita a partir da votação em uma assembleia, sendo que os condôminos podem se candidatar ao cargo. No entanto, nem sempre há interessados em assumir essa responsabilidade.

Nesse caso, é possível terceirizar essa tarefa para que o condomínio não fique sem uma administração. É aqui que entra a figura do síndico profissional. Ele não precisa ser um morador do condomínio e pode atuar tanto de maneira independente quanto por meio de uma empresa.

Vale ressaltar ainda que esse profissional pode ficar no cargo por até dois anos, sendo que o prazo poderá ser renovado por mais 24 meses, se for de interesse dos moradores — assim como acontece em relação ao síndico tradicional.

Do mesmo modo, o profissional pode ser substituído a qualquer momento, antes de completar dois anos, se uma assembleia foi convocada para esse fim. Todas essas questões estão presentes na Lei 10.406/02, conhecida como Código Civil.

 

Como funciona a contratação desse serviço?

Como você viu, nem sempre é possível contar com um síndico morador para administrar um condomínio. Diante desse contexto, contratar um profissional terceirizado pode ser uma opção a se considerar.

Para esse propósito, é necessário realizar uma assembleia de condomínio, organizada pela administradora, se houver, ou pelo síndico atual. Na prática, o processo funciona do mesmo modo tradicional de escolha de síndico.

Dessa forma, os condôminos poderão decidir se contarão ou não com o serviço de um síndico profissional, considerando as propostas apresentadas. Se a maioria optar por essa alternativa, ocorre uma eleição.

Como você viu, os síndicos profissionais podem trabalhar tanto por conta própria quanto para empresas que oferecem esse tipo de serviço. Então, na assembleia, define-se como será a contratação e quem será o escolhido. Faz sentido, né?

Vale destacar que a decisão pelo melhor modelo cabe ao condomínio. Um profissional individual tende a ofertar custos mais acessíveis, já que ele também terá menos despesas operacionais em comparação a uma empresa. 

Já a contratação de empresas também pode trazer benefícios. Como elas já trabalham com diversos profissionais e trazem uma estrutura mais completa, é comum que elas tenham maior experiência agregada no mercado.

Geralmente, essas empresas fornecem treinamentos e orientações para seus funcionários — no caso, os síndicos profissionais. Então há uma garantia maior na contratação, garantindo que sempre haverá um profissional disponível para atender às demandas do condomínio. 

Por fim, saiba que a contratação é feita por meio de um contrato de prestação de serviços, que traz os direitos e deveres das partes. É importante que ele seja aprovado pelo condomínio, considerando as características e necessidades dos moradores e do condomínio.

 

Para quem é indicado a contratação desse serviço?

De maneira geral, a contratação de um síndico profissional é recomendada para condomínios que possuem muitos moradores e uma infraestrutura complexa. É o exemplo das alternativas que oferecem facilidades como:

  • academia;
  • piscina;
  • playground;
  • quadras poliesportivas;
  • salão de festas;
  • entre outras áreas.

Além disso, o serviço pode ser indicado para condomínios que possuem muitos problemas de inadimplência ou conflitos entre moradores. Afinal, um profissional de fora terá mais facilidade para lidar com essas questões, evitando maiores discussões entre os condôminos.

 

Quais são as funções desempenhadas por um síndico profissional?

Após entender como funciona a contratação de um síndico profissional e para quem esse serviço é recomendado, vale a pena saber, com mais profundidade, quais são as funções dele.

Como você aprendeu, esse profissional tem diversas tarefas e responsabilidades. As principais são:

  • responder às questões relevantes do condomínio;
  • intermediar as demandas e interesses dos moradores com a administradora;
  • garantir o bom funcionamento dos processos;
  • assegurar a boa convivência no ambiente;
  • mediar e resolver conflitos;
  • fazer a gestão e o acompanhamento de obras e manutenções;
  • coordenar e contratar funcionários (terceirizados ou não);
  • manter o controle da inadimplência condominial e efetuar cobranças;
  • organizar as reuniões de assembleia e garantir que os moradores sejam notificados;
  • zelar pela segurança e atuar na prevenção de acidentes;
  • aplicar eventuais penalidades;
  • prestar contas aos condôminos;
  • seguir a legislação condominial.

 

Como é a rotina de trabalho desse profissional?

Agora você sabe que o síndico profissional tem diversas funções em um condomínio. Mas como funciona a rotina de trabalho dele? No caso, ela é dividida em visitas e planejamento.

Por não ser um morador do condomínio, o síndico profissional costuma fazer visitas semanais ou quinzenais ao local onde presta serviço. Nesse momento, ele verifica as áreas comuns e questões estruturais, conversa com moradores e funcionários etc.

A partir de suas visitas, o síndico profissional elabora um planejamento sobre o que deve ser feito para cumprir suas responsabilidades. Com essa medida, ele visa estruturar planos e ações para solucionar eventuais problemas no condomínio, por exemplo. 

Ainda nesse estágio de planejamento, o profissional pensa em propostas para melhorar a convivência e o bem-estar dos condôminos.

 

Quais são as principais vantagens e desvantagens de um síndico profissional?

A partir dos pontos que você conferiu até aqui, fica mais simples entender quais são as principais vantagens e desvantagens de contar com um síndico profissional, certo?Em relação às vantagens, a primeira diz respeito à possibilidade de dispor do trabalho de um profissional. Afinal, a pessoa física ou jurídica é especializada e com experiência na administração de condomínios. Assim, as chances de erros e problemas acontecerem acabam sendo menores.

Esse é um diferencial porque diversos moradores que são síndicos em seus condomínios não têm a qualificação necessária, tempo ou disposição para lidar com todas as questões condominiais corretamente. Muitas vezes, falta conhecimento e habilidades importantes para a função. 

Logo, a opção de contar com um profissional que atua especificamente no ramo faz bastante sentido. Outra vantagem de contar com o trabalho de um síndico profissional refere-se a imparcialidade. Como ele não mora no condomínio, não há um laço emocional com outros condôminos.

Por outro lado, essa característica de não morar no condomínio também pode ser considerada uma desvantagem — a principal, aliás. Isso porque, devido a esse aspecto, o síndico profissional não fica o tempo todo no ambiente, apenas fazendo visitas periódicas. 

Devido a essa ausência física no condomínio, o síndico profissional acaba não sendo tão acessível. Ademais, a sua atenção aos detalhes e às particularidades do espaço pode ser reduzida — o que pode resultar em imprevistos, insatisfação dos moradores e outros problemas.

Mais um ponto que vale ser mencionado sobre a contratação de um síndico profissional é o custo. Contar com um especialista na administração de condomínios envolve maiores gastos, especialmente considerando que nem sempre os condôminos são remunerados para assumir a função.

Porém, vale ressaltar que o trabalho e os resultados costumam ser melhores e mais evidentes. Então o custo-benefício costuma compensar os gastos da contratação.

 

Quanto recebe esse profissional?

Em relação à remuneração de um síndico profissional, vale saber que ela não tem um valor único. A quantia a ser paga pode ser maior ou menor, dependendo de diversos aspectos. Confira os principais:

  • perfil do condomínio (se é residencial ou comercial);
  • tamanho do condomínio;
  • localização;
  • número de visitas que o profissional fará no mês;
  • número de funcionários;
  • número de condôminos;
  • valor da cota condominial.

Contudo, tenha em mente que quanto maior o condomínio, maior tende a ser a remuneração do síndico profissional. Afinal, isso representa mais trabalho e questões para tratar e resolver, concorda?

Conforme você acompanhou, um síndico profissional não precisa ficar restrito a apenas um condomínio e trabalhar nele de segunda a sexta, oito horas por dia, como em um emprego formal. Na verdade, ele pode ter diversos condomínios em sua carteira de clientes.

Quanto mais condomínios esse profissional gerencia, mais dinheiro ele pode receber. Entretanto, ele precisará se organizar adequadamente para cumprir todas as obrigações e responsabilidades. 

Então é importante observar essa questão na contratação, a fim de assegurar que o condomínio receberá um serviço de qualidade.

 

Quais conhecimentos e habilidades um síndico profissional deve ter?

Um síndico profissional é um indivíduo que possui diversas atribuições. Nesse sentido, ele deve ter algumas habilidades e conhecimentos específicos para realizar um bom trabalho no mercado. Compreender essas questões ajudará a encontrar o melhor profissional para o condomínio.

Na prática, um bom síndico profissional é aquele que tem afinidade com áreas como administração, contabilidade, direito, finanças e recursos humanos. Ele deve ter habilidades tanto em gestão quanto para lidar com questões burocráticas e com pessoas.

Os seguintes aspectos devem fazer parte do dia a dia de trabalho desse profissional:

  • compromisso;
  • atenção;
  • empatia;
  • calma;
  • paciência;
  • inteligência emocional;
  • liderança;
  • flexibilidade;
  • boa comunicação;
  • transparência;
  • honestidade.

Por fim, esse profissional também deve ser organizado e disciplinado para dar conta de todas as suas tarefas e responsabilidades. Em especial, se ele administra mais de um condomínio.

Ademais, não existe uma faculdade ou uma certificação básica para atuar como síndico profissional. Sendo assim, cabe a cada pessoa interessada na área se capacitar e buscar qualificação. Por exemplo, por meio de cursos presenciais e online, livros, palestras, workshops e eventos.

Já no momento de efetivar a contratação, pergunte mais sobre as qualificações, habilidades e certificações obtidas pelo profissional. Também vale pesquisar a reputação dele no mercado. Esse mesmo processo pode ser aplicado ao contratar empresas do setor.

 

O que um síndico não pode fazer?

Até aqui, você conferiu as principais responsabilidades e atribuições ligadas a um síndico profissional. Mas você sabe o que ele não pode fazer em sua administração? O primeiro e principal item é negligenciar as normas do condomínio.

Todo síndico deve seguir rigorosamente as regras definidas pela legislação, convenção ou regimento interno. O síndico também não pode:

  • expor moradores inadimplentes de maneira pública;
  • invadir a privacidade dos condôminos;
  • proibir a entrada de visitantes autorizados pelos moradores;
  • conceder descontos para condôminos inadimplentes;
  • usar o fundo de reserva como julgar necessário;
  • multar moradores sem ter provas;
  • realizar obras sem aprovação da assembleia;
  • aumentar a taxa do condomínio sem aprovação da assembleia;
  • reter documentos quando for deixar a gestão;
  • deixar de pagar as contas do condomínio;
  • deixar de prestar contas pelo menos uma vez ao ano ou quando for exigido.

Portanto, mais que conhecer as principais atribuições de um síndico, é essencial saber o que ele não pode fazer. Assim, há chances de fiscalizar a atuação do profissional no condomínio e, se necessário, solicitar adequações na postura ou realizar os procedimentos para troca do síndico. 

 

Afinal, vale a pena contar com um síndico profissional no condomínio?

Com base nas informações que você conferiu ao longo do artigo, já dá para ter uma noção mais clara sobre a contratação desse tipo de profissional, certo? Em geral, contar com um síndico profissional vale a pena. 

Com ele, é possível contar com uma pessoa preparada, imparcial e com experiência à frente da administração do condomínio. Assim, os moradores conseguem solucionar e evitar diferentes problemas que costumam ser frequentes nesse ambiente.

Ao contratar um síndico profissional, o condomínio terá uma pessoa que se dedica exclusivamente a essa função. Desse modo, ela contribui para que o trabalho seja feito com qualidade. 

O único ponto, no entanto, é que esse profissional não estará o tempo todo disponível no condomínio, conforme mencionado. Então, se o espaço precisa de um acompanhamento constante, essa questão pode ser um obstáculo.

Por isso, o melhor a se fazer é considerar todos os aspectos apresentados e verificar o que pesa mais na balança. A partir dessa avaliação, os condôminos podem tomar uma decisão mais acertada para todo o condomínio.

Ademais, como em todo mercado, vale ressaltar que existem síndicos profissionais bons e ruins. Portanto, antes de contratar qualquer pessoa ou empresa, é fundamental fazer pesquisas, verificar a reputação, analisar portfólios e buscar referências ou indicações.

Neste post, você entendeu o que é e quais são as principais características e responsabilidades de um síndico profissional. Além disso, você aprendeu como funciona a contratação desse serviço e porque ele pode ser interessante para a administração de um condomínio.

 

Fonte: portal.loft.com.br

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