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Condomínios podem usar elementos naturais e orgânicos na decoração

Condomínios podem usar elementos naturais e orgânicos na decoração

Imagem de senivpetro no Freepik

 

Os Síndicos e os moradores de Condomínios estão sempre em busca de novidades e inovações para aplicar nos espaços comuns e em seus lares. E uma das preocupações das pessoas hoje em dia é incorporar elementos naturais na decoração.

Daí o crescimento da adoção do design biofílico para promover uma relação mais amigável com o usuário. Os espaços com elementos naturais passam a ser mais humanizados.

A explicação é do arquiteto Lorí Crízel. Tudo parte a partir da destinação, do uso e dos comportamentos esperados nesse espaço a ser remodelado.

A incorporação desses elementos naturais na composição e decoração gera uma integração, uma apropriação, uma identidade e um pertencimento muito maior. Ambientes que incorporam esses elementos biofílicos são mais aconchegantes.

A utilização da biofilia nos projetos é uma forma de o ser humano se relacionar com elementos mais naturais dos espaços.

 

Elementos que fazem parte da biofilia

A vegetação é um dos elementos da biofilia. A iluminação, a ventilação natural e a organicidade do espaço também são importantes componentes, dentre vários outros. Todos esses elementos dialogam melhor com as pessoas e, por isso, são avaliados nesses projetos.

A tendência desses espaços é de serem híbridos, ou seja, a pessoa está dentro e fora ao mesmo tempo. “Melhor ainda se eu puder sair pra fora, mas, se eu não puder, pelo menos que eu tenha uma conectividade com esse meio exterior”, explica o arquiteto.

“Um dos pontos da biofilia é que isso conecte efetivamente pessoas, que isso faça sentido de apropriação da forma mais qualificada e biofílica possível”, traduziu Crízel.

A adoção do design biofílico também inclui a escolha das cores, dos materiais, da textura que será aplicada, do tipo de iluminação. “Às vezes é uma imagem que vai ser o configurador daquele ambiente, daquele espaço. Às vezes é uma paisagem que me dá a entender que esse ambiente que se conecta com outros. Isso nós chamamos de biofilia indireta”, explicou.

Associado a esses elementos, também é aplicada a biomimética, com a estruturação espacial deste ambiente com características de maior organicidade, que lembram estruturas mais orgânicas.

 

Elementos podem ser naturais ou imitações

A biofilia direta usa materiais que são de verdade, naturais. Mas quando isso não é possível, pode recorrer recursos de biofilia indireta, com elementos que imitam os naturais.

Biofilia direta é quando os materiais são naturais, como vegetação, madeira, pedras, entre outros.

Biofilia indireta é quando os elementos não são naturais, mas remetem ao natural, como pisos laminados, que imitam madeira, porcelanatos que imitam madeira, revestimentos que imitam pedra natural, por exemplo.

 “Então eu vou trabalhar com a chamada biofilia indireta, onde vou ter materiais que me remetem a coisas naturais, devido às vezes à própria composição do espaço, que não me permite utilizar os elementos naturais em si. Então nós vamos criando essas conectividades e elementos que vão me correlacionando com o mundo exterior, me trazendo formas de trabalhar com elementos vividos dentro desse espaço”, explicou Crízel.

A própria organicidade do espaço, o modo como ele está organizado, também faz uma configuração mais significativa aos usuários. “Isso pode acontecer dentro do apartamento, nas áreas comuns, no playground, no salão de festas, na portaria. Nós vamos entendendo que essa configuração de trabalhar com a biofilia vai me trazer sempre esse momento convidativo”, informou o arquiteto.

 

Adesivos podem ser alternativas em alguns espaços

Em algumas circunstâncias, adesivos que imitam cenas da natureza ou urbanas podem garantir essa conexão com a natureza e o ambiente externo.

“Às vezes eu tenho um grande adesivamento numa parede que me remete a uma perspectiva de um ambiente natural ou eu estou em um andar muito alto e aí eu tenho uma imagem em uma das paredes que me remonta a uma visão da cidade, mas na verdade é um quadro, “é uma janela falsa”. Podemos ir criando esses elementos”, explicou.

“Em alguns casos temos ambientes que são envelopados, que não têm conexão com o mundo exterior e nem teria como, pois podem estar no meio, no núcleo de um prédio, por exemplo. Então precisamos de um artifício que gere ali uma sensação de conexão com o mundo exterior”, sugeriu o arquiteto.

“Principalmente em ambientes comerciais, como hotéis que fazem o adesivamento no chão, para que você tenha a sensação de estar andando por um caminho de pedras, ou flores, ou de praia, por exemplo. Esses elementos configuram uma estratégia de design biofílico indireto. Assim é possível utilizar este recurso desde dentro do apartamento até a qualquer área do próprio condomínio”, explicou o arquiteto.

 

Traços do design também são valorizados

No design biofílico, há também a escolha do tipo de traço do móvel, que pode ser mais retilíneo ou mais curvilíneo.

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