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Plantas tóxicas e animais domésticos: uma combinação perigosa

Plantas tóxicas e animais domésticos: uma combinação perigosa

Imagem de Freepik

 

O Sindicond sempre estimula os Condôminos a conviverem com plantas e animais nos Condomínios, para melhorar a qualidade de vida. Mas é necessário tomar muito cuidado com as plantas tóxicas, que podem causar problemas de saúde nos cães e gatos.

A médica veterinária Ellen Silva, que atende em Sumaré e Hortolândia, informa que as pessoas não precisam evitar comprar plantas tóxicas, desde que os animais não tenham acesso a elas. Porém, se o contato for inevitável, é preferível não mantê-las em casa.

 

Plantas tóxicas mais comuns:

Há uma infinidade de plantas tóxicas, mas as mais comuns são essas:

  • Azaléia;
  • Azaléia-belga (Rhododendron spp);
  • Orelha-de-Elefante;
  • Macabo;
  • Mangará;
  • Mangará-mirim;
  • Mangareto;
  • Mangarito;
  • Taioba;
  • Taiova;
  • Taiá ou yautia (Xanthosoma);
  • Jiboia (Epipremnum pinnatum);
  • Folha-da-fortuna;
  • Kalanchoe (Kalanchoe blossfeldiana);
  • Bico de papagaio e Flor de Nata (Euphorbia pulcherrima);
  • Caládio;
  • Coração-de-jesus;
  • Tinhorão (Caladium bicolor);
  • Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta);
  • Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata);
  • Lírio, lírio-asiático, lírio-japonês (Lilium).

 

Sintomas de intoxicação nos pets

Segundo Ellen, os princípios ativos são diversos e variam de acordo com as plantas. Os lírios, por exemplo, têm ação nefrotóxica, causando lesões renais graves e muitas vezes irreversíveis.

A jiboia contém oxalato de cálcio, causando muita dor, sensação de queimadura e edema, podendo levar a obstrução das vias respiratórias e asfixia.

Outros compostos tóxicos podem afetar coração e sistema nervoso central. A grande maioria das plantas tóxicas pode levar os animais a óbito.

 

Procedimentos a ser seguidos em caso de intoxicação

O tutor deve lavar o pelo do animal com água corrente e sabão quando tiver contato com os agentes tóxicos.

Se o animal ingerir a planta tóxica, aconselha-se evitar causar vômitos ou oferecer medicamentos ou produtos caseiros.

“Por que não causar o vômito? Porque se a planta ingerida tiver em sua composição fatores irritantes ou que lesionem as mucosas, o animal, ao vomitar, terá lesão no trato digestório, prejudicando assim sua recuperação”, explicou a médica veterinária.

O principal motivo para a contra-indicação na indução do vômito é que a grande maioria desses animais fica com a consciência alterada devido aos sinais clínicos neurológicos (perda da coordenação, consciência reduzida, convulsões, entre outros.

Quando o animal vomita, esse conteúdo pode parar no pulmão, podendo ir a óbito rapidamente.

Outro alerta feito pela médica veterinária é que os tutores devem evitar dar leite, vinagre, ovo cru, entre outras receitas caseiras que não têm sua eficácia comprovada cientificamente e que podem agravar ainda mais o quadro de saúde dos animais.

 

Algumas plantas ajudam a aliviar dores nos animais

Mas não são todas as plantas que são tóxicas aos animais. Há aquelas que são benéficas e que ajudam a aliviar dores de estômago e diarréia.

“Os animais podem ter esse hábito de comer grama ou plantas para aliviar o desconforto abdominal, pois as plantas são ricas em fibras, o que auxilia no funcionamento do intestino. Algumas hortaliças podem ser incluídas ao ambiente tanto para enriquecimento ambiental quanto para tratamentos terapêuticos como a valeriana, erva do gato, milho de pipoca e trigo. São de fácil cultivo e os pets adoram!! Mas fique atento, problemas gastrointestinais precisam ser investigados, em caso de vômitos frequentes, procure um médico veterinário”, disse Ellen.

 

Tutores precisam acompanhar passeios dos pets nas áreas comuns

A recomendação da médica veterinária é que os pets nunca passeiem por jardins sem supervisão, para evitar a ingestão acidental de plantas tóxicas. Na dúvida, é melhor evitar o contato, disse Ellen.

“Alguns insetos ou pesticidas podem ser encontrados em gramas de praça, condomínios ou jardins. Em caso de alteração respiratória, inchaço da face (principalmente olhos e lábios), coceira, desconforto ou agitação logo após os passeios, procure um serviço veterinário com urgência”, orientou a veterinária.

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