A evolução tecnológica no setor de material de construção e decoração também tem contribuído para deixar as fachadas dos Condomínios verticais e horizontais mais modernas e mais resistentes à ação das intempéries do tempo. 

E para entender quais são essas novidades, a reportagem do Sindicond recorreu ao engenheiro de projetos do Grupo A. Yosshii, Eduardo Ueda. 

Esta empresa tem vários projetos arrojados e modernos espalhados pelo país e também pelo Estado de São Paulo. 

Esta é a quarta e última série de reportagens a respeito do tema. As informações contribuem para a atualização dos Síndicos, Administradoras e Condôminos na tomada de decisões para a repaginação das fachadas. 

Confira, abaixo, a íntegra da entrevista:

SINDICOND - Quais são as tendências atuais para as fachadas? Quais os materiais mais usados ultimamente?

Ueda: Nos projetos do grupo A.Yoshii temos utilizado uma grande variedade de materiais para as fachadas, como revestimentos de argamassas, texturas acrílicas, vidros, pastilhas, brises de alumínio, biofilia, etc. 

Tentando criar sempre uma composição uniforme e harmônica entre os elementos. Temos adotado também a utilização de abas, que acabam mudando a fachada do edifício e que juntamente com os brises (ajudam a evitar a incidência do sol) acabam sombreando as fachadas. Melhorando assim o conforto interno.

A quantidade de materiais que é ofertada hoje no mercado não existia até alguns anos atrás. E são elas que permitem desenhos de fachadas com curvas, por exemplo. Materiais como o próprio porcelanato estão sendo utilizados nas fachadas. 

Uma das marcas registradas dos empreendimentos da A.Yoshii é que os apartamentos costumam ter visão praticamente 360 da cidade, e isso impacta na fachada dos prédios. 

Geralmente com mais de 30 andares, as fachadas contam com cores sóbrias e linhas modernas e atemporais, como os exemplos das fotos do Le Rêve que fica localizado em Campinas/SP, o Landscape (Maringá/PR) e o La Serena (Curitiba/PR).

Outra coisa que é tendência e que nós utilizamos nos nossos projetos são os materiais naturais que remetem ao concreto, por exemplo, como pedras brutas, polidas, etc. E também acabamentos como o escovado e levigado. 

Além disso, a biofilia, uso de plantas nas fachadas, que já vinha se destacando, ganhou ainda mais força no último ano por conta da pandemia. A necessidade de estar mais perto da natureza vem mudando inclusive as fachadas dos prédios.

Quais tecnologias usadas atualmente para abafar o som, como esquadrias com isolamento acústico, painéis de alumínios?

 A nossa tipologia mais usual, e que ainda é muito utilizada em nossas obras, é a alvenaria com revestimento de argamassa. Ela sozinha já nos dá um bom isolamento acústico. 

Porém sempre temos estas alvenarias recortadas por janelas, é justamente nestas janelas que temos tomado muitos cuidados, desde a contratação de empresas sérias, projetos destas janelas, passando também pelo acompanhamento da sua montagem e também realizando alguns ensaios.

Nos nossos projetos todas as esquadrias têm um alto desempenho acústico, são feitos estudos e na maioria das vezes pegamos materiais de fora do Brasil para poder suprir essa demanda.

Arquitetos e engenheiros precisam ser contratados para executar essas obras?

Em nossas obras já temos uma equipe de obra, composta por engenheiros, mestres e encarregados, que faz o acompanhamento de todos estes serviços e suas atividades.

Além de uma outra equipe de retaguarda que dá suporte a esta equipe em campo. Mas sempre que temos um desafio novo, temos recorrido a profissionais especialistas para estas necessidades.