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Harmonização das cores das fachadas nos Condomínios

Harmonização das cores das fachadas nos Condomínios

Imagem de wirestock no Freepik

 

Normalmente, a vida útil da pintura de fachadas de Condomínios é em torno de cinco anos. Mas a revitalização das paredes e de todos os demais itens que compõem a fachada exige muito cuidado por parte do Síndico.

Este é o tema da terceira série de reportagens sobre o assunto. A cor é uma livre escolha dos proprietários. Mas uma arquiteta consultada pelo Sindicond faz algumas recomendações que vão ajudar a valorizar ainda mais os imóveis.

A arquiteta Patrícia Forte disse que é importante fazer um estudo de cores para deixar a fachada mais atrativa, para evitar cores indiscretas e que podem deixar o prédio “carnavalesco”.

Hoje em dia, os projetos em 3D e o memorial quantitativo são essenciais para ver as cores que combinam e os materiais a ser usados. Normalmente, no local, é feito um teste de cor com três tonalidades para ver quais delas se encaixam melhor no projeto.

De modo geral, os arquitetos recomendam cores que conversam entre si. Patrícia comentou que normalmente é usada uma base neutra, como cinza claro ou bege, com emprego de cores pontuais para valorizar detalhes nas esquadrias ou sacadas.

Tudo depende também se o prédio tem uso apenas residencial, comercial ou institucional. Escolas preferem usar cores mais quentes. Shoppings optam por cores mais discretas e elegantes.

 

Como fazer a escolha das cores

Nos Condomínios residenciais, Patrícia não recomenda usar cores mais quentes porque costumam desbotar. Como fica no tempo, exige manutenção constante.  “A cor é um elemento que caracteriza muito a fachada e o edifício”, disse Patrícia.

“A pintura exige manutenção constante e uso de tinta específica e impermeabilizante, para não ter vazamentos, porque a parede é super porosa”, explicou Patrícia.

 

Revestimentos indicados para fachadas

Outra preocupação dos moradores de Condomínio é quanto os revestimentos usados na fachada. Com as novas tecnologias, Condomínios usam porcelanato, revestimento cerâmico ou tijolinhos à vista, mas é sempre bom refazer o rejunte danificado com o tempo.

No caso do cimento queimado imitando concreto, também é necessário checar sempre a argamassa. Os moradores que optam pelo cimento queimado têm que tomar cuidado com a cura, ou seja, a secagem da argamassa e do cimento. Se a secagem for muito rápida, fica ressecada a quebradiça.

O que exigirá a troca do revestimento será a incidência de mofo e de umidade de fora para dentro das unidades.

 

Também tome cuidado com as esquadrias

Informou também que é necessário fazer uma avaliação minuciosa do estado das esquadrias, verificar se não há vazamento entre apartamentos ou salas comerciais, para definição sobre realização apenas da manutenção ou se são necessárias trocas.

Existem no mercado as esquadrias de alumínio, que são de fácil manutenção ou as de PVC com vidro, que têm maior durabilidade, o que evita manutenção constante.

Hoje em dia, há prédios que usam pastilhas de piscina na fachada dos prédios, mas o rejunte tem que ser flexível e impermeável. É o mesmo rejunte usado para banheiro para absorver a água da chuva.

Na opinião de Patrícia, as pastilhas são a melhor opção para fachadas, mas tem o agravante do alto custo. Porém, pode ser lavada uma vez por ano ou a cada dois anos.

Há condomínios que também optam pelo uso de pedra e madeira, mas são em pontos específicos, pois exigem manutenção constante.

Para aqueles que não querem gastar muito, Patrícia disse que pode ser feita uma maquiagem. Podem ser feitos detalhes em revestimento ou moldura das janelas.

Em resumo, há vantagens e desvantagens. A pintura tem a vantagem de poder ser trocada, mas a desvantagem de desbotar. A fachada com pastilha ou revestimento cerâmico não desbota, mas dá mais mão de obra para trocar.

 

Cuidados com a contratação das empresas

O presidente do Sindicond (Sindicato Patronal dos Condomínios do Estado de São Paulo), José Luiz Bregaida, também recomenda que os Síndicos tomem muito cuidado ao contratarem empresas para executar as obras.

“Eles têm que fazer uma fiscalização constante para evitar superfaturamento e desperdícios. E para que sejam seguidas todas as normas de segurança”, informou Bregaida.

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