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Aprenda a fazer jardins em pequenos espaços em Condomínios

Aprenda a fazer jardins em pequenos espaços em Condomínios

Imagem de lookstudio no Freepik

 

Já perceberam que os apartamentos em Condomínios estão cada vez menores? E muitas casas em Condomínios também têm quintais pequenos. Isso não impede que possa cultivar plantas nos cantinhos da sua casa.

Basta seguir as dicas da engenheira agrônoma Dra. Cinara Libéria Pereira Neves, que é professora do curso de Engenharia Agronômica da FAAGROH (Faculdade de Agronegócios de Holambra), do Grupo UniEduk.

A professora explica o passo a passo. Então, prepare o kit de jardinagem para começar a desbravar esse admirável mundo verde. Deem uma conferida nas dicas da especialista.

 

Quais as plantas ideais para ambientes pequenos

Para os ambientes pequenos, deve-se usar plantas consideradas forrações, arbustivas e algumas palmeiras, informou a engenheira agrônoma. “Essas plantas são mais aconselháveis a serem usadas em vasos, uma vez que não é possível deter o crescimento de uma planta sem fazer podas da sua parte aérea e também do seu sistema radicular, requerendo assim técnicas corretas para não matar a planta”, orientou.

As forrações podem ser inseridas em todos os locais dos pequenos jardins, em canteiros e floreiras, destacando suas flores e folhagens, fazendo volume, gerando textura e colorações diferentes. Os arbustos e as palmeiras podem trazer ao seu ambiente uma verticalidade, criando altura, e até mesmo uma sombra.

 

Espécies mais usadas como forração:

  • Petúnias (Petunia x hybrida);
  • Lírios (Lilium sp.);
  • Agareto (Ageratum houstonianum);
  • Angelinia (Angelonia angustifólia);
  • Antúrio (Anthurium andraeanum);
  • Begônia (Begonia sp.);
  • Verbena (Verbena sp.);
  • Maranta (Maranta sp.);
  • Costela-de-adão (Monstera deliciosa).

 

Arbustos que podem ser usados em ambientes pequenos

  • Clusia (Clusia fluminensis);
  • Primavera (Bougainvillea glabra);
  • Azaleia (Rhododendron simsii);
  • Palmeira leque (Licuala grandis) e;
  • Rafis (Rhapis excelsa).

 

Plantas pendentes também podem ser usadas em espaços pequenos

Segundo a professora Cinara, as plantas pendentes podem ser usadas para ambientes pequenos. Elas são consideradas forrações. Na maioria das vezes são colocadas em locais suspensos para causar um maior impacto no paisagismo da área.

Para isso, deve-se levar em consideração a insolação do local para a escolha correta da planta pendente, sendo classificadas como sol pleno, meia sombra e sombra.

 

Plantas de sol:

  • Petúnia (Petunia x hybrida);
  • Colar de rubi (Othonna Capensis);
  • Onze-horas (Portulaca grandiflora).

 

Espécies de meia sombra:

  • Corações entrelaçados (Ceropegia woodii);
  • Columeia (Nematanthus wettsteini).

 

Plantas de sombra:

  • Jiboia (Epipremnum pinnatum);
  • Peperômia (Peperomia scandens);
  • Samambaias (Polypodium persicifolium).

 

Aprenda a montar um vaso de forma correta

Para a montagem correta, é preciso ter um vaso com furos para o escoamento do excesso de água, além de pedras para drenagem que devem ocupar 1/3 do vaso, podendo ser argila expandida, seixo rolado ou brita de construção.

Uma manta de drenagem deve separar o substrato das pedras, para impedir que o substrato desça e obstrua a saída de água dos vasos. E, por fim, o substrato ideal para a sua planta que vai ocupar o restante do vaso.

 

Como escolher um substrato correto para montagem do vaso

Cada planta necessita de um substrato adequado. Esse substrato vai proporcionar à planta um ambiente ideal para as suas raízes e uma melhor qualidade de desenvolvimento.

“Atualmente há um mercado de substratos destinados a classe de plantas, como cactos e suculentas, hortas e canteiros, plantas pendentes, palmeiras etc. Para quem não consegue ter acesso a esses substratos, que já vem pronto, deve-se levar em consideração se a planta é de ambiente de solo mais úmido ou não, assim será possível acrescentar mais areia no substrato ou não, tornando um substrato que retém ou não água em sua estrutura”, ensinou a engenheira agrônoma.

 

Como adubar de forma correta as plantas

As plantas necessitam ser adubadas com frequência, pois os adubos são elementos químicos responsáveis pelo funcionamento interno das plantas. Cada planta necessita de um tipo de adubação, em quantidades diferentes. Mas, para não errar, é preciso comprar um adubo que forneça macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo, cálcio, magnésio e o enxofre) e micronutrientes (boro, cloro, molibdênio, cobre, ferro, zinco e manganês). O fornecimento desses nutrientes é essencial para as plantas. Todas as embalagens de adubos contêm informação de como aplicá-los e com qual frequência. Assim, o ideal é seguir essas instruções, já que existem no mercado adubos minerais, orgânicos ou organomineral.

 

Como saber a frequência de irrigação da planta

Não é indicado criar uma regra para a frequência de irrigação das plantas, pois o ideal é fornecer água a elas de acordo com a necessidade, orientou a engenheira agrônoma. Quando se monta um vaso com o substrato certo, as chances de acertar na irrigação são maiores.

“Pensem que as plantas são bem parecidas com os humanos: em dias mais quentes, se consome mais água; em dias mais frios, o consumo é menor”, explicou Cinara.

Sendo assim, para saber se a planta está precisando de irrigação é só olhar o substrato. Se ele tiver seco na superfície, faça a irrigação. O excesso de água vai sair pelo dreno do vaso e não vai acumular água no substrato. Quando não se monta o vaso de forma adequada e com um substrato que não é ideal para a planta, há o risco de matá-la pelo encharcamento do substrato.

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