Condôminos reclamam de portarias virtuais

O Sindicond tem recebido reclamações sobre as portarias virtuais na capital paulista, durante a entrega de informativos nos Condomínios.
Um dos relatos, que ganhou destaque na imprensa, foi o caso de uma idosa que passava mal e que teve de descer na portaria para ser atendida, porque a equipe de socorro foi proibida de subir até o apartamento da vítima.
Um dos problemas relatados ao Sindicond é a demora na liberação do visitante pelo funcionário da portaria virtual que está à distância. O visitante não pode ficar na clausura (espaço entre a calçada e a portaria) e fica sujeito a assaltos, principalmente à noite.
O mesmo problema ocorre com os entregadores de alimentos, que ficam bastante tempo esperando a boa vontade do porteiro virtual até a liberação.
No caso do Sindicond, a dificuldade é entregar os exemplares do jornal em mãos do Síndico ou porteiro. Normalmente, o interlocutor da portaria virtual pede para deixar os exemplares nas caixas de correspondência, o que não garante a entrega em mãos aos moradores.
O colaborador do Sindicond disse à reportagem que a diferença é muito grande entre o atendimento presencial pelo porteiro e pela portaria virtual.
O Sindicond sempre se posicionou contra as portarias à distância, que, muitas vezes, ficam em outros estados. A maior crítica é quanto à fragilidade da segurança e dificuldades de fiscalização. Além do que a portaria presencial garante os empregos dos trabalhadores.
O Sindicond entende que um porteiro bem treinado e de confiança está preparado para inibir furtos e roubos, porque conhece toda a rotina dos Condôminos.
Além disso, as portarias virtuais ainda não foram regulamentadas por lei, o que impede a fiscalização dos antecedentes criminais dos colaboradores dessas empresas e o controle da atividade pela Polícia Federal.
As Convenções Coletivas de Trabalho firmadas entre o Sindicond e os Sindicatos dos Trabalhadores autorizam as portarias virtuais em algumas regiões do Estado mediante condicionantes.