Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizaram um importante estudo que confirmou a presença do verme Angiostrongylus cantonensis como causador de meningite eosinofílica.

Essa infecção é despertada pela ingestão de moluscos, especialmente caramujos e lesmas, que podem estar contaminados com o parasita.
O estudo, que se expandiu por 26 cidades do estado do Rio de Janeiro, representou um avanço significativo na compreensão das causas dessa doença rara e potencialmente grave.

A meningite eosinofílica ocorre quando o corpo, ao tentar combater o verme, desenvolve uma resposta inflamatória que pode levar a sintomas neurológicos.

Os sinais incluem febre, dor de cabeça severa, rigidez no pescoço e, em casos mais graves, alterações de comportamento e problemas neurológicos.

Os pesquisadores investigaram a presença do Angiostrongylus cantonensis em ambientes e em hospedeiros, e as análises revelaram que o verme estava presente em diversas amostras coletadas, intensificando a preocupação com a saúde pública.
A maioria dos casos da meningite eosinofílica está associada ao consumo de moluscos crus ou mal cozidos.

A Fiocruz está agora reforçando a necessidade de conscientização sobre os riscos associados à manipulação e ao consumo de caramujos e lesmas, especialmente em regiões onde a transmissão do parasita foi confirmada.

Além disso, ressaltam a importância de ações de vigilância e educação em saúde para prevenir novos casos da doença.
Essa descoberta reafirma a importância da pesquisa científica na identificação de agentes patogênicos, contribuindo para a formulação de estratégias de controle e prevenção, além de orientar a população sobre práticas seguras em relação à alimentação e ao meio ambiente.