12 dicas para cuidar dos animais domésticos no Outono/Inverno

Imagem de pvproductions no Freepik
A temporada de baixas temperaturas começou. Ao contrário do que muitos acreditam, os animais domésticos, mesmo os mais peludos, sentem frio e podem adoecer. Daí a importância de adaptar os ambientes para deixá-los mais aquecidos e também de manter as vacinas em dia.
Muitos Condôminos convivem com cães, gatos, aves e até mesmo répteis em seus lares e sempre têm dúvidas sobre os cuidados com eles, especialmente no Outono e Inverno, épocas do ano em que as temperaturas podem cair para 10 graus ou até menos nas regiões serranas do Estado.
As dicas são da veterinária Priscilla Sarti, que possui uma clínica em Americana. Ela comentou que os tutores devem redobrar os cuidados com os seus pets, principalmente em relação a abrigo e vacinação.
“O inverno predispõe a muitas doenças, principalmente virais, que afetam os cães, como a cinomose, influenza e tosse dos canis; no caso dos gatos, a rinotraqueíte , calicivirose, herpesvirus e clamidiose. Cães e gatos suscetíveis a asma e bronquite sofrem muito nessa época, precisando muitas vezes de inalação e em casos mais graves até de oxigênio”, disse Priscilla.
“Muitos gatos são suscetíveis a rinite, sinusite, asma e bronquite e isso piora muito nessa época; então, é necessário redobrar os cuidados para que o gatinho não acabe numa emergência respiratória no oxigênio”, explicou a veterinária. Para a maioria dessas doenças que afetam os cães e gatos existem vacinas anuais.
Quem tem aves e répteis em casa, também precisa tomar muito cuidado nesta época do ano. “Com as aves é necessário ter muito cuidado com as correntes de ar frio que podem levar a pneumonias, rinites e sinusites. Já os répteis podem diminuir sua alimentação e até deixar de comer por meses, por isso uma fonte de aquecimento é de suma importância”, informou a veterinária.
Assim como os humanos, animais também sentem frio
Priscilla explicou que, mesmo com o corpo coberto por pelos, os animais sentem frio. “Os répteis regulam sua temperatura de acordo com o ambiente, mas os cães, gatos e aves, não. Eles são homeotérmicos como nós, então, se esfriam e sentem frio e quando o calor é extremo também sentem calor. Algumas raças originárias de clima frio até se sentem melhor no inverno devido suas várias camadas de subpelo, enquanto outras com a pelagem rala sentem muito frio, precisando usar roupas e cobertores e até mesmo aquecedor”, relatou a veterinária.
Confira algumas dicas para aquecer seus pets no Outono e Inverno
A veterinária informa que alguns cães e gatos precisam usar roupa para ajudar a manter seu corpo aquecido, dependendo da temperatura.
Raças de clima frio e pelagem longa e densa geralmente não precisam e é suficiente apenas uma caminha quentinha. Porém, filhotes, animais idosos e de pelagem rala e curta precisam de uma roupa bem quentinha para aquecê-los.
“Muitos gatos não aceitam bem roupinha porque diminui a mobilidade; nesse caso, um cantinho aquecido com uma cobertinha vai bem. Para aves, uma capa para gaiola e um canto onde não haja corrente de ar fria muitas vezes é o suficiente. No caso de répteis e peixes, um aquecedor com controle de temperatura se faz necessário”, orientou Priscilla.
Ambiente precisa ser alterado para ficar mais quente
No Inverno, cobertores e panos quentinhos são muito bem-vindos nas caminhas e casinhas dos cães e gatos. Ajuda muito colocar coberta quente, papelão ou palete na caminha para proteger o pet do frio.
Para os animaizinhos de rua, casinhas de garrafa pet e outros materiais podem salvá-los das noites onde a temperatura é muito baixa.
Outro cuidado é com a alimentação durante as épocas frias
Segundo a veterinária, a alimentação pode ser a mesma durante toda época do ano, desde que seja de boa qualidade. Animais com baixa imunidade e com doenças que pioram nessa época do ano como bronquite e asma devem ser suplementados com vitaminas e aminoácidos que blindem o sistema imune para terem uma melhor resposta às "doenças ditas de inverno".
Condôminos também podem amenizar frio dos animais de rua
Se os animais que vivem em Condomínios sofrem com as baixas temperaturas, imagine aqueles que vivem nas ruas. Muitos moradores de Condomínios ajudam a aliviar o sofrimento dos pets abandonados e dos comunitários.
“Os animais em estado de rua precisam também dessa proteção contra o frio. Então sempre que possível arrumar uma casinha quentinha para eles e água e ração para que possam passar pelas noites de Inverno. Quando encontrar um animal doente que não puder acolher, pode ajudar ao avisar o Centro de Controle de Zoonoses de sua cidade para que o recolha, trate e depois o devolva ao mesmo local ou, se tiver sorte, que seja adotado”, orientou Priscilla.
A veterinária conhece bem a situação dos animais abandonados, porque é responsável pelo projeto Quero Adotar um Gatinho. Este é um projeto de controle populacional de animais de rua e de resgate e reabilitação de animais silvestres. Ela mantém esse projeto há 12 anos em Americana.
Priscilla abriga e mantém 200 gatos castrados, vacinados e vermifugados, com teste de FIV e FELV, muitos deles para adoção responsável. “Para adotar é preciso ter condições financeiras para uma boa alimentação e para cuidados veterinários, espaço, tempo e muito amor. Além de residência telada e arcar com custos do microchip”, informou a veterinária.
Mensalmente, tem uma despesa de R$ 15 mil a 20 mil com os cuidados com os gatos abrigados, para que tenham tudo do bom e do melhor. O projeto é mantido com doações, eventos e com a clínica veterinária Zoo Pet Animal´s, onde os felinos vivem e onde ela presta atendimento.
“Todos estão convidados a conhecer o projeto e caso queiram fazer doações e se voluntariar. As doações podem ser feitas em rações premium e super premium, tapetes higiênicos, granulado de madeira, sachês e patês, brinquedos para gatos e em dinheiro pelo PIX 19981245207”, informou a veterinária.