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Risco da compra de um material inadequado pode levar ao superaquecimento da fiação elétrica e provocar incêndio 

Esta é uma informação de utilidade pública aos Condomínios do Estado de São Paulo. O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça do Estado, e órgão delegado do Inmetro, encontrou irregularidades em fios e cabos elétricos.

É importante que os Síndicos, Administradoras e Condôminos considerem as recomendações do Ipem-SP ao adquirir esses produtos, para evitar problemas com as instalações elétricas e até mesmo incêndios.

O órgão do Governo do Estado integrou a operação especial “Energia Segura” do Inmetro, em fios e cabos elétricos na capital e nas cidades de Artur Nogueira, Bofete e Jales.

As equipes de fiscalização estiveram em 33 estabelecimentos e detectaram erros em 2 (6%). Foram analisados 2.183 produtos sendo 22 reprovados (1%).  

As empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.  

Em 2021, na mesma operação, o Ipem-SP reprovou 208 produtos dos 235 verificados (88,5%) e autuou seis (100%) estabelecimentos fiscalizados ao detectarem irregularidades nos produtos.  

Acesse a tabela com irregularidades na capital

Acesse a tabela com irregularidades no interior 

Cabos elétricos precisam seguir a legislação

Os fios e cabos elétricos estão entre os materiais mais importantes que formam a instalação elétrica de um imóvel. Eles são os responsáveis por levar a energia desde o ponto de entrada até os pontos de utilização como as tomadas e os interruptores.

Para que a instalação seja segura e funcione corretamente é importante que as características dos cabos elétricos estejam em conformidade com os requisitos exigidos pela legislação do Inmetro, órgão no qual o Ipem-SP é delegado no Estado de São Paulo.  

 “Ao longo do tempo, o mercado nacional frequentemente vem sendo abastecido de fios e cabos elétricos de qualidade duvidosa, utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão. Os problemas são inúmeros, variando desde produtos sem certificação, sem registro no Inmetro, com falta de informações (ou informações não verídicas nas etiquetas de identificação das embalagens), cabos com a isolação produzida a partir de compostos de baixa qualidade (não atendendo requisitos específicos de inflamabilidade ou atoxicidade) e, o principal deles, fios e cabos com resistência elétrica superior à permitida pela norma de fabricação. Devido a essa constatação, o Ipem-SP periodicamente vem realizando operações para retirar do mercado fios e cabos irregulares, por meio de fiscalizações direcionadas a fabricantes e no comércio”, explica o superintendente, Ricardo Camargo. 

Fiscalização em fios e cabos elétricos 

Ao longo do tempo, o mercado nacional frequentemente vem sendo abastecido de fios e cabos elétricos de qualidade duvidosa, utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão, informou o Ipem-SP.

Principais problemas detectados nas fiscalizações do Ipem-SP:

• Produtos sem certificação e sem registro no Inmetro;
• Falta de informações ou informações não verídicas nas etiquetas de identificação das embalagens
• Cabos com a isolação produzida a partir de compostos de baixa qualidade, não atendendo requisitos específicos de inflamabilidade e/ou atoxicidade
• Fios e cabos com resistência elétrica superior à permitida pela norma de fabricação.  

O cobre deve seguir a norma NBR NM 280, que define a resistência elétrica do fio para cada seção nominal e esta característica está diretamente relacionada com a quantidade e/ou qualidade do cobre contido no produto.   

Popularmente, os fios e cabos elétricos com resistência elétrica superior à permitida são chamados de “desbitolados “. Em geral, o mau fabricante retira parte do cobre e compensa acrescentando mais isolante (PVC), procurando manter o peso do produto próximo do peso de um produto de marca tradicional em situação regular; com isso, enganando o consumidor, que acaba comprando “gato por lebre “.

Isso pode provocar sérios danos físicos ou patrimoniais, já que o cabo “desbitolado” não terá a capacidade de conduzir a energia elétrica do projeto e sofrerá sobreaquecimento, provocando mau funcionamento em aparelhos e equipamentos elétricos, gerando perdas elétricas na instalação, elevação da conta de energia elétrica e riscos de curtos-circuitos e incêndio; sem contar a redução da vida útil da instalação. 

Tanto o consumidor final como o comerciante atacadista e varejista podem se proteger do mau fabricante, cuidando, antes de adquirir o produto, verificar a situação do registro desse produto no sistema do Inmetro; assegurando que ele esteja com status “ativo”.   

Em 10 meses, Ipem retirou 200km de fios de circulação

De janeiro a outubro de 2022, foram apreendidos mais de 200 km de fios e cabos irregulares, equivalente a distância em linha reta “ida e volta” entre a capital paulista e a cidade de Campinas. 

Estatística de rolos de 100 metros fiscalizados por ano 

Dicas do Ipem-SP 

É importante que o consumidor peça a nota fiscal do produto;

Observe na embalagem dos rolos de fios/cabos flexíveis: 

• Marca ou nome do fabricante; 
• País de origem; 
• CNPJ;  
• Seção Nominal (bitola); 
• Tipo de material (cabo flexível); 
• Marca do Inmetro com o nº do registro; 
• Peso; 

A Norma NBR 247-3 dos fios/cabos é a norma adequada para as instalações elétricas residenciais e comerciais com tensão até 750 v. 

Procure observar se a cobertura da isolação (PVC) que protege o cobre é muito espessa, para não levar mais PVC do que cobre. Portanto verifique o peso do rolo: 

• Bitola 0,5mm² - rolo de 100m – Peso bruto aproximado – 1,0 kg 
• Bitola 1,5mm² - rolo de 100m – Peso bruto aproximado – 2,1 kg 
• Bitola 2,5mm² - rolo de 100m – Peso bruto aproximado – 3,1 kg 
• Bitola 4,0mm² - rolo de 100m – Peso bruto aproximado – 4,5 kg 
• Bitola 6,0mm² - rolo de 100m – Peso bruto aproximado – 6,3 kg 

Quanto maior a seção nominal dos fios/cabos elétricos maior será seu o diâmetro.