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Obesidade: doença metabólica comum em cães e gatos

Obesidade: doença metabólica comum em cães e gatos

Imagem de Freepik

 

Esta é uma informação útil aos moradores de Condomínios que convivem com animais domésticos.

Assim como acontece com os humanos, a obesidade se tornou uma doença cada vez mais comum entre cães e gatos. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) apontou uma prevalência de sobrepeso e obesidade em mais de 40% dos 258 animais avaliados somente na capital paulista.

Os quilos a mais podem comprometer gravemente a saúde dos pets e têm potencial, inclusive, de reduzir sua expectativa de vida.

Trabalho científico da Universidade de Illinois, em conjunto com as Universidades de Michigan, Cornell, Filadelfia e Pensilvânia, mostrou que cães que apresentam maior incidência de sobrepeso por não terem um controle nutricional durante a vida viveram 1,5 anos a menos, quando comparados a cães que receberam esse cuidado.

 

Quais são as causas de obesidade em animais

A obesidade tem como principal causa o desequilíbrio entre consumo elevado de energia fornecida pelo excesso de alimento. Isso significa que há abundância de alimentos e baixa atividade física. Quando a ingestão calórica é maior do que o gasto energético, existe o acúmulo de gordura.

Os animais domesticados não escolhem o que comer. Então, o responsável por esse desequilíbrio, mesmo que involuntariamente, é o tutor.

“A crescente humanização dos animais de companhia pode trazer consequências para a saúde do pet, especialmente relacionadas à alimentação e ao comportamento. Existe uma questão cultural muito forte envolvida, pois os tutores costumam expressar afeto pelo animal por meio dos alimentos, o que influencia para o ganho de peso”, explica Mariana Fragoso, médica-veterinária da Adimax e doutora em nutrição de cães e gatos.

Mariana explica que, além dos alimentos da dieta humana, as opções próprias para os animais também podem ser responsáveis pelo aumento de peso, quando oferecidas em quantidades além da recomendada.

“Os petiscos destinados aos pets também podem contribuir para o sobrepeso, quando ofertados em excesso, e devem estar incluídos na recomendação diária. Por isso, é importante respeitar a orientação de consumo das embalagens e do médico-veterinário de confiança”, disse a doutora em nutrição animal.

Ao optar por um alimento para seu animal, o tutor deve levar em consideração suas necessidades específicas.

“Um animal filhote tem demanda energética diferente de um adulto, assim como de um animal idoso ou castrado. Por isso, existem alimentos desenvolvidos especialmente para cada fase da vida. O diferencial entre eles é exatamente a composição, pois o equilíbrio nutricional é feito conforme a necessidade de cada momento, de modo que, tão importante quanto a escolha do alimento é o manejo nutricional do animal”, completa Mariana.

 

É necessário fazer avaliação nutricional

Para assegurar a saúde e o bem-estar dos pets em cada fase da vida, a avaliação nutricional deve fazer parte da rotina clínica, pois permite prevenir doenças graves como a obesidade.

O médico-veterinário tem papel fundamental para assegurar uma nutrição de qualidade, orientando o tutor sobre o alimento ideal e como oferecê-lo ao seu pet, garantindo que ele receba todos os nutrientes que necessita nas quantidades ideais.

Vale destacar que a atividade física é tão importante quanto a nutrição na rotina dos animais. Os passeios diários e as brincadeiras promoverão um maior gasto energético e contribuirão para um animal mais saudável e feliz.

 

Confira dicas para evitar a obesidade nos animais:

Mariana Fragoso relaciona as condutas do tutor para prevenir a obesidade em seu pet:

  • Incluir a avaliação nutricional na rotina clínica do pet;
  • Seguir as recomendações do médico-veterinário quanto ao alimento a ser fornecido, conforme a fase da vida em que ele se encontra, bem como a quantidade diária a ser ofertada;
  • Os petiscos devem ser incluídos nesta recomendação diária;
  • Resistir ao olhar pidão e não oferecer a ele alimentos da dieta do tutor. Isso evitará o ganho de peso e também o comportamento indesejado de pedir comida à mesa;
  • Incluir os passeios e as brincadeiras na rotina do animal.

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