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Os homens e a violência doméstica

Os homens e a violência doméstica

Todos sabem que existe uma lei que obriga comunicar a polícia sobre a violência doméstica em Condomínios no prazo de 24 horas.


Mas quais são as causas da violência? É possível evitar, antes de ocorrer uma tragédia? Essa é a reflexão que o Sindicond faz para ajudar os moradores de Condomínios que convivem com essa situação.


A psicóloga Clínica do Instituto Ligare, Laine Maria Alves Pizzi, explicou que os relacionamentos são, na maioria das vezes, uma repetição de histórias da vida familiar e o casal busca referências nos pais, avós ou cuidadores para encontrar os parceiros. E a história se repete.


“Se passamos por traumas e violências na vida familiar, social, cultural e educacional, nossa tendência é repetir. Portanto, inconscientemente, a mulher busca um homem que pode ser calmo, mas vai se tornar violento e vice-versa. A mulher casa com esse homem calmo e passivo, mas se ela teve referências de homens violentos, abusivos em sua família de origem, ela começa a “atacar” o homem até ele se tornar como o exemplo que ela teve”, explicou Laine. 


Da mesma maneira se o homem teve alguém que o humilhava, ele vai, inconscientemente, fazer com que a parceira o humilhe. “Então, entra-se num círculo vicioso, onde um depende do outro para sobreviver num estado de dependência. É por esses motivos que passam a vida juntos e não se separam. Essa forma também é válida para diferentes gêneros, ou seja, um dos parceiros, hetero/homo e até amizades. A criança faz um espelho da figura parental, atuando igual a eles. Muitas vezes, encontramos o ante espelho, ou seja, se essas figuras eram monótonas e passivas, o indivíduo desenvolve uma personalidade agressiva”, explica Laine. 


A psicóloga informa que o homem deve procurar ajuda quando começa a sentir vontade de agredir, sonha que está matando a esposa ou alguém, quando não tem vontade de voltar para casa ou quando agride os filhos.


Um dos sinais de alerta máximo é quando o homem olha para a mulher, começa a pensar que é igual a mãe e começa a verbalizar isso. 


“Essas dicas valem para a mulher também. Se a mãe era vítima do pai e este era alcoolista ou viciado, ela casa e, tempos depois, a relação da família fica igual. É o momento de procurar ajuda psicológica, conselho tutelar, proteger os filhos, para não deixar acontecer uma tragédia”, explicou a psicóloga.


“Mulheres vítimas – homens violentos? Nem sempre. Muitas vezes o bonzinho está segurando uma agressividade escondida e camuflada. Se o cônjuge odeia determinada atitude do companheiro(a) começa a brigar, atacar, humilhar só para o outro revidar, então essa vítima vai dizer: Olha como é violento(a)”, explicou a psicóloga clínica.

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