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Quais as melhores raças para ter em apartamentos?

Quais as melhores raças para ter em apartamentos?

Imagem de cookie_studio no Freepik

 

Todo Condômino que pensa em adotar um pet para lhe fazer companhia sempre tem dúvidas sobre as melhores raças para criar em apartamentos. As raças menores são as melhores? Será que não será melhor ter um gato?

Para ajudar os moradores de Condomínios a solucionar essa dúvida, o Sindicond consultou dois especialistas no assunto, que ainda deram dicas aos tutores.

O professor de Medicina Veterinária da FAM (Faculdade de Americana), Maurício Etechebere, também aceitou o desafio de listar as raças mais indicadas para criar nos apês e deu algumas dicas aos tutores. “Manter uma rotina saudável de passeios nos horários possíveis. Fazer com que a raça adequada para o espaço adequado se adapte a estar só através de condicionamento”, orientou o professor universitário.

Outra especialista é a bióloga Luiza Cervenka, com mestrado em comportamento animal, pós-graduação em jornalismo e doutoranda em veterinária. Atua como Terapeuta Comportamental de cães e gatos.

Segundo Luiza Cervenka, as pessoas acreditam que os melhores animais para criar em apartamentos seriam pequenos e com baixa energia, que não precisam passear e nem brincar muito. Por isso, ela é contra relacionar raças indicadas para ter em apartamentos. “Todos os cachorros, independente da raça, do tamanho e do nível de energia precisam ter atividades cognitivas, enriquecimentos ambientais e passeios diariamente”, disse a especialista em comportamento animal.

“Infelizmente, eu tenho uma opinião que não existe raça boa para ter em apartamento, o que existe é um tutor consciente, mesmo que a raça seja boazinha, como, por exemplo, um Chihuahua, a gente pode ter vários problemas se as necessidades básicas do cachorro não forem atendidas”, explicou Luíza.

Algumas raças são caçadoras, como os Terries, e, por isso, Luíza não índica ter em apartamento não pelo grau de energia, mas pela possibilidade de latidos. “Mesmo que o cachorro seja pequeno, muitas vezes ele pode vir a dar problemas quando não for atendido nas suas necessidades básicas, que são os comportamentos naturais”, explicou Luíza.

O que Luíza mais indica para ter em apartamentos são os animais sem raça definida, os populares vira-latas, ou cães de abrigos, porque passam muito tempo em baias, em espaços reduzidos nos canis, com muitos animais.

“Mesmo que saiam de uma ONG, de um centro de adoção, para um kitnet de 40 metros quadrados vai ser muito maior do que o espaço em que ele morava. Mas não é pelo fato de estar morando em espaço maior do que era antigamente que não vai propiciar enriquecimento ambiental e estratégias para que possa desenvolver seus comportamentos naturais”, explicou a especialista em comportamento animal.

As creches, menciona Luíza, são também ótimas ferramentas para utilizar quando há necessidade de o cachorro gastar mais energia, socializar e ter mais atividade fora de casa.

 

Gatos

Além disso, quando fala em cães, os tutores também têm uma preocupação muito grande de deixá-los sozinhos porque realmente são uma espécie social e não gostam de ficar sozinhos. Já os gatos conseguem tolerar muito mais a ausência dos tutores, por isso, muitas vezes, a indicação é ter gatos em apartamentos em vez de cães.

No caso de gatos, é mais fácil ter em apartamentos, uma vez que eles não têm necessidade de área horizontal tão grande, mas de área verticalizada. Então, a sugestão de Luíza é colocar prateleiras, tocas elevadas, comedouros, arranhadores e espaços para tomar sol.

“Ai sim eles vão ficar mais tranquilos, mas isso sem esquecer a natureza do gato que é caçadora, então, a gente precisa oferecer também alimentação em dispositivo para que eles tenham que caçar a alimentação deles e brincar uma ou duas vezes ao dia também com brincadeiras de caça, interagindo com seu tutor, não simplesmente um ratinho que você joga e ele tem que correr atrás, mas sim as brincadeiras de varinha, de fita, para que o gato possa se exercitar, isso porque o gato dorme muito mais tempo por dia do que o cachorro. E o gato não tem uma necessidade tão grande de interação com o ser humano, como o cachorro tem”, esclareceu a bióloga.

 

Confira as dicas de Luíza para criar cães em apartamentos:

- Passear ao menos uma vez ao dia em locais diferentes

- Enriquecer o ambiente para que o cachorro possa executar seus comportamentos naturais, como, por exemplo, roer, dilacerar, forragear e caçar. Então, os dispositivos alimentares, os brinquedos recheáveis, podem ser uma ótima ferramenta para ajudar nesta parte importante na vida do cachorro

- Pensar em tranquilidade, em momento relaxante para o cachorro. Oferecer uma caminha, uma caixa de transporte, uma casinha, para que ele passa ficar na dele sem que haja movimentação o tempo inteiro

- Ter paciência para ensinar tudo o que deseja. Não é porque a gente está em um apartamento, que, muitas vezes, é um espaço reduzido, que o cachorro vai entender o tempo inteiro qual é o local certo de fazer suas necessidades. Ter paciência é muito importante

- Tomar cuidado com portas e janelas. Tudo deve ser telado, independente do tamanho do cachorro ou do comportamento do gato, para segurança do próprio animal.

 

Confira abaixo os cães que podem e que não deveriam ser criados em apartamentos, indicados pelo professor da FAM:

 

Indicados para ter em apartamentos:

- Shitzu

- Maltês

- Pug

- Buldogue Francês

- Bichon Frise

- Corgi

- Lhasa Apso

- Cavalier King Charles

 

Contraindicados para ter em apartametos por causa do seu porte:

- Pastores

- Labrador

- Golden

- Border Collie

- Martin Napolitano

- Bull Mastif

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